As transformações no setor segurador geradas pela pandemia, a aceleração tecnológica e a flexibilização da regulação são tema de matéria do anuário “Valor Econômico Grandes Grupos”, do Jornal Valor Econômico, divulgado nesta segunda-feira, 27.
A matéria aponta que esse cenário permitiu que insurtechs, bigtechs, bancos digitais e marketplaces “entrassem no jogo”, modificando o espaço concorrencial do setor. “Apesar dos sérios problemas, a pandemia também despertou sentimento maior de aversão a risco e as famílias estão demandando mais seguros de vida, saúde e patrimonial”, afirmou o presidente da CNseg, Marcio Coriolano.
O segmento de Previdência, que apresentou um aumento da demanda em 2021, teve, por outro lado, também um aumento no volume dos resgates. De acordo com o presidente da FenaPrevi, Jorge Nasser, isso aconteceu porque “algumas pessoas estão usando parte dos resgates como benefício para recomposição de renda e outras usam para honrar compromissos de curto prazo”.
O aumento dos resgates e sinistros em alguns ramos de seguro também participou do processo de digitalização das seguradoras, que já vem colhendo os frutos. Atualmente, os canais digitais já representam 14% das vendas da BB Seguridade e vêm crescendo mês a mês, informou a matéria.
Já a Bradesco vem firmando parcerias com bigtechs e startups para projetos voltados para seguros de auto, residencial, vida, saúde, previdência e capitalização. A Icatu, por sua vez, atenta aos efeitos do open insurance, já se aliou a bancos digitais e fintechs para comercializar seus produtos de vida e previdência, modelo semelhante ao da Zurich, que já conta com 40% do volume de prêmios oriundos dos canais digitais e de redes varejistas e bancos. “A gente aposta muito na mudança de perfil e de hábito de consumo e esta é uma tendência”, declarou o presidente da Zurich Brasil, Edson Franco, eleito recentemente Presidente da FenaPrevi para o mandato de 2022 a 2025.
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